18.7.10
Pelo direito de ser só
Não, nenhuma síndrome de Greta Garbo - isto é um manifesto. Simples: eu tenho e quero exercer o direito de ser só. Por que viajo/vou ao cinema/teatro/almoço/janto/pego uma praiana sozinha? Por que não chamo alguém? Por que?
PORQUE EU NÃO QUERO!
Porque eu também viajo/vou ao cinema/teatro/almoço/janto/pego uma praiana com os amigos, mas isso não me impede de fazer todas essas coisas sozinha - com o mesmo prazer. Não é uma questão de não gostar de companhia ou de ser uma misantropa encruada. Eu adoro estar com pessoas! É delicioso jogar conversa fora, rir junto, lembrar histórias, além de ter - e ser - alguém com quem se pode contar. Valorizo a amizade como um presente divino e cultivo com carinho as minhas relações; tenho colegas, amigos e até mesmo irmãos que escolhi vida afora. Confesso que passo tempos sem falar com alguns, mas todos - sem exceção - sabem que estou sempre disponível, e que prezo sobremaneira minhas relações. É que não acho necessário andar grudada nas pessoas, ou choramingando atenção, para que elas me tenham em alta conta. Certa ou errada, o fato é que sou compreendida por quem me importa, ponto final, acabou.
Aos eternos carentes, lamento: ninguém vai me censurar, ainda que com um olhar de sincera preocupação, por viajar sozinha nas minhas férias ou nos feriados prolongados. Não me pode ser negado o prazer de eleger um destino, descolar um vôo barato, reservar um hotel e zarpar. Sempre fiz isso. De uma vez por todas: se há quem me faça companhia, eu vou acompanhada; se não há, eu vou só sem Anália, mas eu vou, já dizia Caymmi.
Sozinhos somos todos, por definição. Se você ainda não se convenceu disso, é melhor ir começando a se acostumar.
3.7.10
Ansiedade
... ah, um dia ela ainda me mata. Por enquanto, vou tomar uma talagada de Kafka. Bonne chance pra quem fica.
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