13.6.07

Em que espelho...

Hoje cheguei a casa e me olhei. Constatei a suspeita que tinha: havia me feito triste. Isso, porém, não assustou. O descalabro, esse sim, é que eu estava feia. Feia! Tão feia quanto nunca estive. E velha... Antes a tristeza me dava outros ares. Até me achava mais bela com as pálpebras pesando, choro sentido. Nada disso existe mais. Só dor, no corpo e na alma. Todas as dores, por todos os motivos, de todos os lados. São Sebastião flexado.

8.6.07

Lições de feriado

A casa está de cabeça pra baixo desde quarta-feira. Essa falta de geladeira, que deve ser sanada no domingo, abalou o equilíbrio de meu lar. Eita.

Esses feriados malucos me confundem toda. Fico lá na casa do namorado, daí não sei mais quando trocar a roupa de cama e as toalhas, a que horas estudar, tudo o mais. Mas tem sempre bom saldo, depois de um magistral balanço com a Amiga (assim, com letra maiúscula) ao telefone.

É assim que a gente aprende que as nossas pernas, braços e cérebros estão se movendo mais, e com mais perspectiva de velocidade, do que por vezes pensamos, por exemplo. E que eu me convenço de que sou um poço inesgotável de paciência com gente complicada, e por vezes aturo coisas que não deveria pelo simples prazer da boa convivência. Impressionante como sou ímã de situações fora de prumo. Idiota, até. Tenho o péssimo hábito de pensar que a boa vontade e a ausência de intenção de erro devem eximir as pessoas de ouvirem umas verdades, ou simplesmente serem criticadas. Caramba, como cansa ser "legal"! Há dias em que eu só queria ser escrota, muito escrota.

Noves fora, queria sempre agradecer aos meus pais pelo modo como me criaram. Apesar dos enganos e escorregões, existentes em qualquer educação, graças a eles me tornei uma pessoa livre, feliz, de bem com meu corpo, minha cabeça e com quem eu sou. Problemas todo mundo tem, mas estou longe das tristezas profundas travestidas de algo com outro nome que vejo por aí.

6.6.07

Alguma razão pra bom humor?

A geladeira nova que chegou anteontem não funcionou nem 24 horas, minha comida está na casa da minha tia, a minha cirurgia dói de manhã, dóóói, e incomoda muito, engordei dois quilos, não consigo estudar, odeio ficar sentada nessa bóia, ninguém entende o que eu falo no balcão da padaria, tá um frio de rachar o quengo como nunca vi nessa cidade, quero sair de casa pra trabalhar e só voltar à noite, como nos velhos e felizes tempos, tenho preguiça de colocar músicas no MP3, de tomar banho, de lavar o cabelo, de viver. Quero dinheiro. E tem roupa pra recolher do varal. E passar.

Se alguém tiver um bom motivo pro meu humor melhorar, avise-me. Tá fueda.