11.7.06

Desculpem: não sou perfeita

Acontece que a menina cresce boa aluna, matreira, e pretensiosamente madurinha.

Aí, todo mundo cria expectativa.
Vai ser executiva de multinacional.
Vai ser juíza.
Vai ser independente.
Bacaníssima, seriíssima.

Mas o tempo passa...

E a moça quer uma coisa.
Depois, quer outra.
Não quer ser executiva de multinacional.
Não quer ser juíza.
Todavia é independente - quase sempre.
Tem muitas dúvidas.
Apaixona-se, sofre, e é feliz.
Ama bandidamente o trabalho que faz.
Franze o cenho, escreve demais, ri de si mesma.
Perde minutos preciosos dando trato aos cabelos e às sobrancelhas.
Sofre de excesso de poesia nas tardes de sol.
Distrai-se com passarinho na janela.

Bacaníssima? Talvez.
Seriíssima? Possivelmente.

Mas bem livre.
Segredo e transparência - juntos.
Peito aberto pra vida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pessoas livres não se adjetivam, nem podem ser adjetivadas ;)

Anônimo disse...

O que importa é que escreve bem, e isso já vale qualquer espectativa.

Além do que, como o Bowie diz em uma de suas músicas:

"As long as you're still smiling
the rest can go to hell".

Beijos.