Lá vou eu cair em lugar-comum, mas azeite: tem situações na vida que fazem a gente mudar mesmo, e sempre acontecem tão rápido, mas tão rápido, que quando reparamos, já foi, já era, acordamos diferentes.
Pessoas queridas andam precisando de mim, e estou sendo prestimosa. Nos últimos quinze dias já fiz mais panelas de arroz (sempre soltinho) do que em toda a minha vida, organizei horários, pus adolescente pra estudar e dormir, preparei lanche, almoço e jantar, ajudei doente a se calçar e se vestir, etc. Virei temporariamente uma faz-tudo, mas nada que me mate ou me tire do prumo. Se ando preguiçosa pra algumas coisas, como sentar e estudar, tem algumas outras, sempre complicadas pra mim, que estou tocando com uma tranqüilidade incrível. É aquela velha história: uns probleminhas reais na hora certa servem pra dar o estalo de que pode se estar valorizando frivolidades.
Besteira o que escrevi. Nada a ver com frivolidade.
Encarar certos acontecimentos de modo natural não quer dizer que eles sejam tolices. É só uma maneira mais saudável de partir pra recuperação, não ser sucumbido pela tristeza, desfrutar o momento, ou simplesmente viver mais feliz. Fútil não é o fato, mas sim a dimensão que damos a ele... a tentação de encarnar personagem de samba canção é grande, e como.
Meia-noite e meia de segunda-feira. Hoje já é amanhã, e amanhã é o dia internacional da nova vida, do começar de novo, das promessas renovadas. Eu tenho cá uma bolsinha cheia delas...
2 comentários:
Segunda-feira... eu, como há muito não me passava, tive um digno "fim de semana", com direito a trabalhar sexta, ter folga sábado e domingo e trabalhar de novo só na segunda. Como meu trabalho é uma delícia, não me incomoda de jeito algum ter que fazê-lo amanhã - que já é hoje - até porque só decolo às 22h15, chegando em casa às 7h da manhã da terça, com direito a nascer do sol de lambuja a 12km do chão. Horários esquisitos - de "p", diriam muitos, confesso, mas tudo bem, quarta eu tô de folga de novo. Ah, tem muitas coisas que perdi da minha vida de terráqueo, mas as vantagens da vida nos céus são inegáveis. Mas sim, é uma vida um tanto solitária, e com isso eu nunca vou me acostumar. Só quero ver quando eu tiver pra quem voltar; aí é que vai ser até meio triste decolar... Leaving on a jet plane... Mas se tem uma coisa que faço melhor que ir, essa coisa é justamente voltar pros meus. E você está sempre inclusa, minha amiga. Quantas ponte-aéreas, ou seja lá qual for o plural disso... Não é?! Beijo!
Fácil, muito fácil se apaixonar por ti, moça.
Ass.: Admirador secreto.
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